sexta-feira, 6 de julho de 2007

Charges e Reflexões


Essa informação de forma geral vai especialmente para os estudantes de Geografia do 2° e 3° anos com relação aos textos trabalhados: O Ovo da Serpente e Mega-blocos substituem Superpotências na Nova Ordem Mundial.
Boas Reflexões a todos beijinhos Scheyla

Férias!


Lembrando a todos os estudantes que passarem por aqui durante o período de Recesso (férias, Que Delícia!) que os conteúdos para a Avaliação do dia 08/08/2007 já estão disponíveis ... Se sentirem saudades, e necessidades de adiantar algumas reflexões sintam-se a vontade!
Beijokas e Pipokas Scheyla

P.S: Agradecendo a Renata Veiga da 8° 2 pelas contribuições, apoio, e incentivo ...

terça-feira, 3 de julho de 2007

Boas Férias ... e Boa Viagem a Todos ... Enquanto isso fico aqui planejando minha viagem para o outro Lado do Oceano Atlântico ... Beijokas Scheyla

domingo, 1 de julho de 2007

Sobre o Mundo Medieval não Europeu

Gostaria de relembrá-los de minhas falas incisivas em sala de aula sobre a Lógica Medieval, então lembrem-se, que existe uma lógica Oriental que iremos estudar a partir de alguns elementos expostos nesse Blog ... E ainda essa reflexão é fundamental para a compreensão da contemporaneidade do Oriente Médio, ressaltando que a formação do Império Turco Otomano é a chave para a compreensão da configuração atual no Oriente Médio.

Vamos aos elementos Medievais, Sejam Bem Vindos ao Mundo Árabe:

O IMPÉRIO BIZANTINO:
•Império Romano do Oriente ou Império Grego.
•Constantinopla – capital.
–Antiga Bizâncio, hoje Istambul (TUR).
–Local privilegiado estrategicamente – contatos entre Oriente e Ocidente, rota de comércio.
•Comércio ativo + produção agrícola próspera = riquezas.
•Resistência às invasões bárbaras.
•Centralização política: Imperador.
–CESAROPAPISMO: Imperador = chefe do exército + Igreja

• JUSTINIANO (527 – 565) – auge do Império.
–Conquistas territoriais.
Península Itálica + Península Ibérica + Norte da África.
–Compilação do Direito Romano a partir do séc. II.
CORPUS JURIS CÍVILIS
Poderes ilimitados ao imperador.
Privilégios para a Igreja e para a nobreza.
Marginalização de colonos e escravos.
–Burocracia centralizada + gastos militares + impostos.
Revoltas populares (Sedição de Nike)
–Igreja de Santa Sofia (estilo bizantino – majestosidade)
•Influência de valores orientais.
•Grego – língua a partir do séc. VII.
•Surgimento de heresias:
–MONOFISISTAS – negação da santíssima trindade (Cristo apenas com natureza divina);
–ICONOCLASTAS – destruição de imagens (ícones).
•1054: CISMA DO ORIENTE:
–Igreja Cristã Ortodoxa (Patriarca de Constantinopla);
–Igreja Católica Apostólica Romana (Papa).
•Decadência:
–séc. VII e VIII – invasões de bárbaros e árabes;
–séc. XI – XIII – alvo das Cruzadas;
–1453 – Conquistados pelos Turcos Otomanos (marco histórico que delimita oficialmente o fim da Idade Média e início da Idade Moderna.

Tá bom, Tá bom, uma pausa para o Cafézinho, contudo vai aí uma questão de Vestibular
para a Reflexão entre uma Goluseima e outra ...

- A região de Kosovo tornou-se conhecida nos últimos anos pelos violentos conflitos envolvendo cristãos e muçulmanos. As raízes do conflito são bem antigas. Em 1389, na chamada Batalha de Kosovo, tropas cristãs, lideradas pelo Duque Lazar, foram derrotadas pelos muçulmanos comandados por Murad I. A respeito desse conflito é correto afirmar:
a) Trata-se de mais uma das Cruzadas, ou seja, uma das muitas expedições cristãs em direção a Jerusalém, dominada a essa altura pelos muçulmanos.
b) Trata-se do marco inicial do Reino da Sérvia, quando os eslavos penetraram pela primeira vez a região dos Bálcãs.
c) Trata-se de um dos momentos da expansão otomana e da montagem do Império Turco na Ásia Menor e nos Bálcãs.
d) Trata-se do processo de expansão do Império Bizantino, que estabeleceu uma política de alianças com os muçulmanos para expulsar os invasores sérvios de seu território.
e) Trata-se de uma das muitas etapas da expansão islâmica levada adiante pela dinastia Omíada, época em que a sede do califado foi deslocada da Península Arábica para Damasco.

Agora com a Barriga Cheia retomenos a reflexão ....


O IMPÉRIO ÁRABE:
•Península arábica.
•Deserto predominante.
•Até o séc. VI: divididos em aproximadamente 300 tribos.
–Beduínos – nômades, dedicados a saques, habitavam o deserto.
–Tribos urbanas – habitantes das margens do Mar Vermelho ou ao sul da Península. Dedicavam-se a agricultura e acima de tudo ao comércio. Formaram as principais cidades da região (Meca e Iatreb).
–Comando em ambas: xeques (sheiks)
•Meca: centro comercial e religioso.
–Caaba (cubo) – santuário e depósito de imagens de deuses politeístas das diferentes tribos.
–Administrada pela tribo dos coraixitas.
•MAOMÉ (570 – 632) – membro do ramo pobre dos coraixitas.
–Profeta que segue a linhagem de Noé, Abraão, Moisés e Jesus.
•610 – REVELAÇÃO: “Só há um Deus que é Alá, e Maomé é seu profeta”.
–Oposição dos administradores coraixitas de Meca.
–Repressão aos seguidores de Maomé.
•622 – HÉGIRA: fuga de Maomé e seus seguidores para Iatreb (posteriormente conhecida como Medina – a cidade do profeta).
–Início do calendário muçulmano.
–População local é convertida.
–Proclamação da primeira Jihad (esforço coletivo).
•630 – Retorno a Meca com exército de populações convertidas.
–Destruição de divindades politeístas da Caaba.
–Anistia a antigos opositores.
–Península Arábica é completamente convertida ao islamismo.
•632 – Maomé morre.
–Califas continuam expansão do islamismo.
–1º Califa: ABU BAKR – sogro de Maomé.
–Motivações: crescimento populacional + busca de terras.
–Justificativa ideológica: Jihad.
–Amplas conquistas territoriais: Norte da África, Península Ibérica, Império Persa até parte da Índia, Império Bizantino.
•Séc. XIII – território comparável ao do Império Romano.
•Livro sagrado: AL CORÃO.
•SUNA: livro de ditos e atos de Maomé.
•Divisão entre muçulmanos:
–Após o 4º califa: ALI ABU TALIB (genro e primo de Maomé);
–MAOWIYA (Síria) – apoio da maioria – Sunitas (Suna + Al Corão);
–HASSAN e HUSSEIN – filhos de ALI – apoio da minoria – Xiitas (Al Corão);
–Ambos assassinados. Hassan (669) e Hussein (680). Este último em Karbala (atual Iraque), um dos principais centros xiitas do mundo.
•Única unidade: religiosa.
•Politicamente fragmentados em vários califados.
•Cultura muçulmana:
–Assimilação de valores de outros povos (hindus, persas, chineses e bizantinos).
–Tradução e conservação de obras clássicas (Aristóteles e Platão).
–Medicina: AVICENA (980 – 1037) – referência mundial até o século XVII com seu compêndio sobre o corpo humano.
– Matemática: números arábicos, zero, avanços em trigonometria e álgebra.
– Física: fundamentos da óptica.
–Química: descrição dos processos de destilação, filtração e sublimação; desenvolvimento do carbonato de sódio, nitrato de prata, ácidos nítrico e sulfúrico e álcool. Todas estas descobertas para tentar criar a “pedra filosofal” e o elixir da longa vida.
–Arquitetura: cúpulas, minaretes, arcos em ferradura, decoração com motivos geométricos e vegetais.

Boas Reflexões e Boas Férias ... Passem Por aqui ... Beijos Históricos Scheyla

Sobre a Idade Média (XI-XV) - Baixa Idade Média

CARACTERÍSTICAS GERAIS:
•Decadência do feudalismo.
•Estruturação do modo de produção capitalista.
•Transformações básicas:
–auto-suficiência para economia de mercado;
–novo grupo social: burguesia;
–formação das monarquias nacionais.

CRESCIMENTO POPULACIONAL:
•Fim das invasões.
•Maior consumo.
•Excedentes populacionais expulsos dos feudos.
–Retomada das cidades.
–Aumento do comércio.
–Aumento da criminalidade.
•Aperfeiçoamento de técnicas agrícolas.
–Moinho hidráulico, arado de ferro...
•Busca de mais terras para cultivo.


O MOVIMENTO CRUZADISTA (séc. XI – XIII):
•Movimento religioso e militar dos cristãos para retomar a Terra Santa (Jerusalém), em poder dos muçulmanos.
•Acomodação de excedentes populacionais.
•Busca de terras (nobreza).
•Busca de aventura ou enriquecimento (pilhagens).
•Absolvição dos pecados ou cura de enfermidades.
•Interesse comercial (mercadores italianos).
•8 cruzadas oficiais e 3 extra oficiais.
•Fracasso militar.
•Sucesso comercial (reabertura do Mar Mediterrâneo e das rotas de comércio entre o Oriente e o Ocidente).

O RENASCIMENTO COMERCIAL:
•Cidades italianas.
•Surgimento de rotas de comércio ligando o continente europeu.
•Cruzamento de rotas: feiras.
- Champanhe (FRA) e Flandres (BEL).
•Retomada da moeda.
•Atividades de crédito e bancárias.
•Séc. XII – HANSAS ou LIGAS: associações de comerciantes.
- Comércio em grande escala.
- LIGA HANSEÁTICA (ALE) – Mar do Norte


O RENASCIMENTO URBANO:
•Retomada do comércio impulsiona o renascimento urbano.
•Burgos (fortalezas).
•Burgueses: habitantes dos burgos (artesãos e comerciantes).
• Movimento comunal (séc. XI – XIII): libertação das cidades da autoridade dos senhores feudais.
CARTAS DE FRANQUIA: autonomia.
–Guerras ou indenizações.
GUILDAS: associações de mercadores (monopólio do comércio local, controle da concorrência estrangeira, regulamentação de preços).
CORPORAÇÕES DE OFÍCIO: associações de artesãos (monopólio das atividades artesanais, controle da concorrência, regulamentação de preços, estabelecimento de normas de produção, controle de qualidade e assistência aos membros).
•Formação de grupo de grandes comerciantes e artesãos que se sobrepunham aos demais, impondo seu poder econômico.
•Trabalho assalariado.

FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS:
•Aliança entre reis e burgueses.
•Reis: redução de poderes dos nobres e da Igreja.
•Burguesia: unificação de impostos, moeda e sistema de pesos e medidas.
•Nobreza e clero: cargos e pensões concedidos pelo rei.

–Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453):
- Enfraquecimento da nobreza.
- Nacionalismo francês.
- Consolidação do poder real.

•A monarquia inglesa:
–Enfraquecimento da nobreza.
–Guerra dos Cem Anos.
–Guerra das 2 Rosas (1455 – 1485): YORK X LANCASTER
–Henrique VII – centralização monárquica.
•As monarquias Ibéricas:
–Guerra de Reconquista (espírito cruzadista).
–ESP: Reis Católicos: Fernando (Aragão) e Isabel (Castela).
–POR:
Dinastia de Borgonha – Reconquista
Dinastia de Avis (1385) – Estado Nacional com aliança da burguesia.

A CRISE DOS SÉCULOS XIV E XV:
•Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453):

–FRA* X ING
–Sucessão do trono francês
–Filipe VI (Dinastia Valois – FRA) X Eduardo III (ING)
–Controle de Flandres (comércio de tecidos)
–1ª fase – vantagem da ING
–Carlos V (FRA) – recuperação parcial francesa
–Disputa interna pelo poder na FRA: Armagnacs* X Borghinhões
–ING + Borguinhões: controle de quase metade da FRA.
–Recuperação francesa: Joana D’Arc + Carlos VII
–Centralização política da FRA.

Peste Negra (1347 – 1350):
–Peste bubônica.
–Morte de 1/3 dos europeus (25 milhões).
–Enfraquecimento dos nobres

A CULTURA MEDIEVAL:
•Simplicidade, rusticidade.
•Igreja – controle cultural (mosteiros).
•Teocentrismo.
•Séc XII – Universidades (renascimento comercial).
•Filosofia:
–Alta Idade Média: Santo Agostinho.
Filosofia Clássica + Cristianismo.
Natureza humana é corrompida.
Fé em Deus = Salvação
–Baixa Idade Média: Escolástica (São Tomás de Aquino).
Harmonia entre razão e fé.
Valorização do esforço humano.
Livre arbítrio.
Clero = orientador moral e espiritual.
Liberdade de escolha = concepções da Igreja.
“preço justo” – condenação da usura.
•Arquitetura
–Alta Idade Média: ROMÂNICA – construção maciça, pesada, linhas simples, horizontalidade, poucas janelas (idéia de segurança e tranqüilidade).
–Baixa Idade Média: GÓTICA – leveza, graciosidade, verticalidade, grandes janelas, vitrais, luminosidade.


Então, o que vocês me dizem, a Idade Média foi realmente a "Idade das Trevas"?!

Boas Reflexões ...

Sobre a Idade Média


Gostaria de Iniciar essa Reflexão com a discussão da questão retirada do Vestibular ...


4) Os estudos recentes sobre a Idade Média avaliam esse período da história como um(a):

A) período de dez séculos durante o qual houve intensa atividade industrial e comercial, sendo a cultura intelectual exclusividade dos mosteiros e da Igreja.

B) período de obscurantismo e atraso cultural -- a longa noite de mil anos -- em virtude do desprezo dado à herança intelectual grega e romana da época precedente.

C) época que pode ser chamada de "Idade das Trevas", em razão do predomínio da Igreja, que, com sua ideologia, contribuiu para a estagnação cultural, a opressão política e o fanatismo religioso.

D) época que não se constitui uma unidade: em sua primeira fase, houve retrocesso cultural e econômico, porém, posteriormente, ressurgiu a vida econômica e houve grande florescimento cultural.


A partir desta questão construíremos subsídios próprios para a discussão e resposta a esse questionamento ...


Sobre a Idade Média (V-X) - Alta Idade Média



1 – CARACTERÍSTICAS GERAIS:

• Formação e apogeu do Feudalismo.
• Período de constantes invasões e deslocamentos populacionais.
• Síntese de elementos do antigo Império Romano + povos bárbaros + cristianismo.



2 – OS POVOS BÁRBAROS:
•Povos fora das fronteiras (sem cultura greco-romana).
•Germânicos – principal grupo (suevos, lombardos, teutônicos, francos, godos, visigodos, ostrogodos, vândalos, burgúndios, anglos, saxões...).
•Economia agropastoril.
•Ausência de comércio e moeda.
•Ausência de escrita.
•Politeístas.
•Inicialmente sem propriedade privada.
•Poder político = casta de guerreiros.
•Direito Consuetudinário (tradição).
•COMITATUS (laços de dependência entre guerreiros).


3 – O FEUDALISMO
•Economia: agrícola, de subsistência, sem comércio e moeda.
•Unidade econômica básica: FEUDO (benefício).
–MANSO SENHORIAL – castelo + melhores terras.
–MANSO SERVIL – terras arrendadas (lotes = glebas ou tenências).
–MANSO COMUNAL – bosques e pastos (uso comum)


Sociedade:
–Estamental (posição social definida pelo nascimento).
–Poder vinculado à posse e extensão da terra.
–Laços de dependência pessoal:
SUSERANIA e VASSALAGEM (entre nobres);
SENHOR e SERVOS.

Divisão em Três Ordens:
–CLERO:
terra + poder político + poder ideológico (salvação)
–NOBREZA: terra + poder político (defesa)
SERVOS: obrigações (corvéia, talha, banalidades, tostão de Pedro, dízimo, mão-morta, capitação, formariage...) e VILÕES: quase servos, porém com menos obrigações.

Questão de Vestibular Para Reflexão ...

Jacques Le Golf e George Duby, especialistas em Idade Média, dividem a sociedade em três grandes ordens. A 1ª compreendia os integrantes do clero, a 2ª reunia os senhores feudais, e a última era constituída pelos servos. Sobre a sociedade feudal é correto afirmar que:

a) havia uma grande mobilidade social, apesar das rígidas tradições e vínculos jurídicos determinando a posição social de cada indivíduo.
b) a honra e a palavra tinham importância fundamental, sendo os senhores feudais ligados por um complexo sistema de obrigações e tradições.
c) os suseranos deviam várias obrigações aos seus vassalos, por exemplo, o serviço militar.
d) os servos, como os escravos, não tinham direito à própria vida, viviam presos à terra e dela não podiam sair.e) os vilões constituíam uma parcela de senhores feudais que procuravam por outro senhor mais poderoso, jurando-lhe fidelidade e obediência

Política: descentralização;
•Ideologia:
–Teocentrismo
–IGREJA: maior instituição (atuante em todos os setores)
–Conformismo, continuismo
–Ética paternalista cristã


Mais ainda ficou uma pergunta em aberto: Seria a Idade Média a Idade das Trevas?!

Sobre Roma Antiga

Essa pergunta é constante na vida dos professores de História, Porque estudar História Antiga?, ou ainda, recebemos de nossos estudantes uma afirmação no miníno desanimadora: Não sei, eu não estava lá!
Por isso, refletindo a relação de distanciamento que nós do século XXI temos com a História Antiga é necessário salientar ao menos as continuidades, ou ainda, os elementos cotidiamos que herdamos da Roma Antiga.
Então, quando sou questionada sobre o porquê dos estudos sobre a Roma Antiga, sempre levando algumas discussões Como:

Atenção para as continuidades da história, pois são elas que justificam o estudo dos processos históricos. Assim, A Roma Antiga nos deixou um legado cultural marcante, a herança latina se faz presente em toda a cultura ocidental, desde a influência da língua, do pensamento religioso, até do direito civil. O Cristianismo passa a ser tolerado no século IV d.C., pelo Edito de Milão do Imperador Constantino, o conjunto de leis e normas, base do corpo civil, que é a organização jurídica dos países ocidentais.

Mas ainda ficaram de fora alguns elementos, sendo assim, bem vindos à Roma Antiga:

1 – Para compreender os processos históricos inseridos na formação de Roma faz-se necessário saber:
1.1 – Que a Roma Antiga teve três tipos específicos de Governo: a Realeza; a República e o Império.
1.2 – Com as transformações políticas ocorrida na Península Itálica, a ordem social passou por mudanças, após as lutas de classes, que reivindicavam os seus direitos. Mas como era dividida a Roma socialmente? Além da divisão básica entre Patrícios (possuidores de terras, gado e direitos políticos) eram considerados cidadãos, e plebeus (livres, e sem direitos políticos), o povo romano repartia-se em diferentes segmentos sociais, tais como Clientes (dependentes dos plebeus) e escravos (por dívida, ou por guerra, eram pouco numerosos).
1.3 – A organização da República foi elaborada num contexto de confrontos externos, que ocasionaram internamente freqüentes lutas entre Patrícios e Plebeus, com o tempo, os plebeus conseguiram alargar seu poder. A partir de meados do século V a.C., novos estatutos jurídicos, propostos por tribunos da Plebe, ampliaram a participação popular.
1.4 – As leis, consideradas sagradas, cujo conhecimento era restrito aos pontífices patrícios, foram consolidadas e escritas constituindo a primeira forma de codificação do direito romano, a chamada Lei das Doze Tábuas. Em 445 a.C. foi aprovada a Lei da Canuléia, permitindo o casamento entre patrícios e plebeus, essa aliança permitiu o surgimento de uma nova aristocracia, a Nobilitas.
1.5 - Contudo, na transição de República para o modelo político Imperial, em 60 a.C., surge o Triunvirato, que foi entendida como forma mais democrática de gestão, e evoluiu do exercício das magistraturas (cônsules, censores, pretores, questores e edis).

2 – As transformações políticas, econômicas e sociais geradas pela expansão romana na Bacia do Mediterrâneo, possibilitaram a realização de um amplo processo de conquista, por meio do qual, pela primeira vez na história da humanidade, a civilização centralizada pelo Mediterrâneo alcançou e englobou a fachada ocidental da Europa.
2.1 – A conquista da Gália, da Península Itálica, e o advento das Guerras Púnicas – 264-146 a.C. (Roma X Cartago, luta pela disputa da Sicília, e pelo controle do comércio no Mar Mediterrâneo), legou para a civilização Romana o status de maior Império da Antiguidade.
2.2 – Com a expansão Romana o Império teve como conseqüências o predomínio do comércio, que provocou um movimento de migração do campo para cidade, (o que chamamos de êxodo rural), ocasionando o empobrecimento da plebe, e o aumento do número de escravos.
2.3 – Com as conquistas do Egito e das áreas da Mesopotâmia, encontrou nesses territórios um forte presença de elementos gregos, devido ao período helenístico, resultante das conquistas de Alexandre, o Grande.

3 – Nos séculos III d.C e IV d.C. o Império Romano viveu uma fase de crise e profundas transformações.
3.1 – Na Roma antiga, assim como na Grécia, a mitologia e o politeísmo eram à base da religiosidade, como também uma das formas de explicação da origem do homem e do mundo. Contudo, o nascimento de Jesus Cristo, transforma o pensamento e as mentalidades da Antiguidade, durante mais ou menos quatro séculos, os seguidores do cristianismo foram perseguidos pelos Romanos, até que, a crise estabelecida a partir do governo de Nero o Imperador, a única alternativa para a consolidação e a unificação do Império foi a oficialização do Cristianismo, ou seja, o cristianismo passou a ser aceito e veio a tornar-se a religião oficial do Império Romano, em substituição ao paganismo.
3.2 – O aprofundamento da crise do Império Romano foi intensificado com a invasão do território romano pelos bárbaros, esse acontecimento promoveu a divisão político-administrativa do Império fez surgir o Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente.
3.3 - No século III, os latifúndios começaram a ser divididos em pequenas propriedades. Manter escravos às vezes não valia a pena, pois custava toda a produção.

4 - Assim, depois de compreender as permanências romanas na sociedade ocidental da atualidade, é necessário entender como se dava a educação Romana. Então, essa instituição apresentou um papel fundamental na constituição de um exército de organização disciplinar e treinado militarmente, com competências suficientes para a lógica de guerra, ou seja, para a proteção e invasão dos territórios. Como essa educação contribuiu para a expansão do Império? A estrutura militarizada da sociedade romana contribuiu para a formação de maior Império da Antiguidade Clássica, assim a educação militar e o exercito constituíram a base do Império.

Boas Reflexões ...

Sobre a Grécia Antiga

Atenção Galerinha, esse tópico é para RELEMBRAR, e também para auxiliar e refrescar a memória dos nossos colegas Vestibulandos ...

Apresento a vocês elementos sobre a Grécia Antiga ...

1 – Sabemos que na Grécia Antiga o sistema de organização política era definido como Cidades-Estado, ou Pólis, que tem como características:
1.1 - As primeiras Pólis, teriam surgido na Grécia asiática, formando “cidadelas” com governos próprios.
1.2 – Os Gregos, na Antiguidade, não possuíam unidade política, isto é, não formavam um estado unificado. “Gregos” designavam pessoas com a mesma cultura, língua e religião.
1.3 – A organização política e social da Pólis gerava um modelo econômico e político que excluía uma parcela significativa da população. Assim, a mão-de-obra base da economia grega estava concentrada em um modelo escravocrata, ou seja, em relação ao sistema produtivo das Cidades-Estado gregas, podemos dizer que a escravidão, foi convertida em um modo de produção sistemático.
1.4 – Nas cidades-gregas, as distinções sociais baseavam-se no nascimento de cada indivíduo, dessa forma, os governantes eram escolhidos entre os proprietários de terra, sendo esse, nascido nas Cidades-Estado gregas.
1.5 – Na Democracia Ateniense, a participação era restrita, isto é, participavam da vida política apenas: homens adultos, filhos de pai e mãe atenienses, nascidos em Atenas.

2 – Compreendemos que a lógica da Grécia Antiga, sobretudo, após os períodos Arcaico e Clássico, está inserida em uma dinâmica de Guerra, isto é, os Gregos foram treinados para proteger os seus territórios e invadir, ou possuir novos territórios. Assim, faz-se necessário diferenciar alguns conflitos:
2.1 - Guerras Médicas (490 – 449 a.C);
– Gregos X Persas;
– Confederação ou Liga de Delos;
– Supremacia naval e financeira de Atenas;
2.2 - Guerra do Peloponeso (431 – 404 a.C.)
– ESPARTA X ATENAS;
– Crise da democracia e das Cidades-Estado gregas;
– Luta comandada pelas cidades de Esparta e Corinto contra o aumento da hegemonia da Liga de Delos – comandada por Atenas – sobre o território grego.
– Breves períodos de preponderância de Esparta e posteriormente Tebas.

3 – Devemos lembrar que esses conflitos marcaram o inicio da transformação do sistema político da Grécia, inaugurando um novo período que chamamos de Helenismo. Esse período é marcado principalmente pela dinâmica de expansão e dominação de territórios no Oriente.
3.1 - Domínio Macedônico na Grécia;
- Filipe II (359 – 336 a.C.) – domínio da Grécia;
- Alexandre (336 – 323 a.C.) – conquistas territoriais amplas (Egito, Fenícia, Palestina, Mesopotâmia e Pérsia), fundação de cidades (Alexandrias);
3.2 – As conquistas de Alexandre, O Grande, aumentaram os contatos entre Ocidente e o Oriente, incentivando a expansão da cultura grega no Oriente. A fusão de elementos culturais gregos e orientais resultou na cultura denominada de helenística.


4 – Sobre a Escravidão é preciso ficar atento para algumas características:
4.1 - A Escravidão, base da economia Ateniense, o escravo era um instrumento de trabalho vivo e uma propriedade, podendo ser livremente comercializado por seus proprietários. Contudo, em Esparta o modo de produção estava nas mãos dos Hilotas (Camponeses submetidos pela força).

4.2 – Lembrando que segundo Aristóteles a Escravidão fazia-se necessária para o modo de produção, contudo, na ausência de trabalhos materiais que exigem indivíduos particulares, aos quais ficam privados da possibilidade de providenciar a cultura da Alma, permitindo assim o ócio.
4.2 – Aristóteles baseia a sua reflexão na constatação da realidade, ele olha o homem imerso na sociedade. O tempo que ele vive e conhece é construído sobre as relações de subordinação.
4.3 – Na cultura Grega cabia aos cidadãos a organização e comando da Pólis. Ao Cidadão era proibido o trabalho braçal, já que ele deveria ter o tempo livre – ócio – para se dedicar à reflexão e ao exercício da cidadania e do bom governo. A diferença justificadora da escravidão fora assim, considerada natural pelos gregos.

Relembrando!

Amiguinhos, lembrem-se que as formas através das quais a História é contada e escrita, também fazem parte da construção do conhecimento em História. E para aqueles que, acreditam que a História tem uma só finalidade o Vestibular, faz bem saber que a partir de 2005, a teoria da História passou a fazer parte das competências exigidas pelos vestibulares das Universidades Federais.

Então, Reforçando alguns modelos historiográficos:


“Pensamos, todavia, que a tão discutida crise dos paradigmas do final do século deu novo alento aos domínios de Clio. Arriscamos mesmo dizer que ela empunhou, desde então, a trombeta da fama da sua imagem alegórica em seu próprio favor. A História está em alta, sim, e isso se deve, em grande parte, às suas novas tendências de abordagem do real passado”. (Sandra Jatahy Pesavento)


“A história de todas as sociedades que existiram até hoje é a história de lutas de classe (...) opressores e oprimidos, sempre estiveram em constante uns aos outros ...” (Karl Marx)


“Busca-se, sistematicamente, relacionar a trajetória singular da empresa com a dinâmica socioeconômica da cidade em geral e com as transformações no setor industrial em particular”.
(Ciro Flamarion Cardoso)


“Práticas sociais podem valer discursos, silêncios falam, ausências revelam presenças, coisas portam mensagens, imagens de segundo plano revelam funções , canções e músicas revelam sentimentos ...” (Sandra Jatahy Pesavento)