domingo, 1 de julho de 2007

Sobre Roma Antiga

Essa pergunta é constante na vida dos professores de História, Porque estudar História Antiga?, ou ainda, recebemos de nossos estudantes uma afirmação no miníno desanimadora: Não sei, eu não estava lá!
Por isso, refletindo a relação de distanciamento que nós do século XXI temos com a História Antiga é necessário salientar ao menos as continuidades, ou ainda, os elementos cotidiamos que herdamos da Roma Antiga.
Então, quando sou questionada sobre o porquê dos estudos sobre a Roma Antiga, sempre levando algumas discussões Como:

Atenção para as continuidades da história, pois são elas que justificam o estudo dos processos históricos. Assim, A Roma Antiga nos deixou um legado cultural marcante, a herança latina se faz presente em toda a cultura ocidental, desde a influência da língua, do pensamento religioso, até do direito civil. O Cristianismo passa a ser tolerado no século IV d.C., pelo Edito de Milão do Imperador Constantino, o conjunto de leis e normas, base do corpo civil, que é a organização jurídica dos países ocidentais.

Mas ainda ficaram de fora alguns elementos, sendo assim, bem vindos à Roma Antiga:

1 – Para compreender os processos históricos inseridos na formação de Roma faz-se necessário saber:
1.1 – Que a Roma Antiga teve três tipos específicos de Governo: a Realeza; a República e o Império.
1.2 – Com as transformações políticas ocorrida na Península Itálica, a ordem social passou por mudanças, após as lutas de classes, que reivindicavam os seus direitos. Mas como era dividida a Roma socialmente? Além da divisão básica entre Patrícios (possuidores de terras, gado e direitos políticos) eram considerados cidadãos, e plebeus (livres, e sem direitos políticos), o povo romano repartia-se em diferentes segmentos sociais, tais como Clientes (dependentes dos plebeus) e escravos (por dívida, ou por guerra, eram pouco numerosos).
1.3 – A organização da República foi elaborada num contexto de confrontos externos, que ocasionaram internamente freqüentes lutas entre Patrícios e Plebeus, com o tempo, os plebeus conseguiram alargar seu poder. A partir de meados do século V a.C., novos estatutos jurídicos, propostos por tribunos da Plebe, ampliaram a participação popular.
1.4 – As leis, consideradas sagradas, cujo conhecimento era restrito aos pontífices patrícios, foram consolidadas e escritas constituindo a primeira forma de codificação do direito romano, a chamada Lei das Doze Tábuas. Em 445 a.C. foi aprovada a Lei da Canuléia, permitindo o casamento entre patrícios e plebeus, essa aliança permitiu o surgimento de uma nova aristocracia, a Nobilitas.
1.5 - Contudo, na transição de República para o modelo político Imperial, em 60 a.C., surge o Triunvirato, que foi entendida como forma mais democrática de gestão, e evoluiu do exercício das magistraturas (cônsules, censores, pretores, questores e edis).

2 – As transformações políticas, econômicas e sociais geradas pela expansão romana na Bacia do Mediterrâneo, possibilitaram a realização de um amplo processo de conquista, por meio do qual, pela primeira vez na história da humanidade, a civilização centralizada pelo Mediterrâneo alcançou e englobou a fachada ocidental da Europa.
2.1 – A conquista da Gália, da Península Itálica, e o advento das Guerras Púnicas – 264-146 a.C. (Roma X Cartago, luta pela disputa da Sicília, e pelo controle do comércio no Mar Mediterrâneo), legou para a civilização Romana o status de maior Império da Antiguidade.
2.2 – Com a expansão Romana o Império teve como conseqüências o predomínio do comércio, que provocou um movimento de migração do campo para cidade, (o que chamamos de êxodo rural), ocasionando o empobrecimento da plebe, e o aumento do número de escravos.
2.3 – Com as conquistas do Egito e das áreas da Mesopotâmia, encontrou nesses territórios um forte presença de elementos gregos, devido ao período helenístico, resultante das conquistas de Alexandre, o Grande.

3 – Nos séculos III d.C e IV d.C. o Império Romano viveu uma fase de crise e profundas transformações.
3.1 – Na Roma antiga, assim como na Grécia, a mitologia e o politeísmo eram à base da religiosidade, como também uma das formas de explicação da origem do homem e do mundo. Contudo, o nascimento de Jesus Cristo, transforma o pensamento e as mentalidades da Antiguidade, durante mais ou menos quatro séculos, os seguidores do cristianismo foram perseguidos pelos Romanos, até que, a crise estabelecida a partir do governo de Nero o Imperador, a única alternativa para a consolidação e a unificação do Império foi a oficialização do Cristianismo, ou seja, o cristianismo passou a ser aceito e veio a tornar-se a religião oficial do Império Romano, em substituição ao paganismo.
3.2 – O aprofundamento da crise do Império Romano foi intensificado com a invasão do território romano pelos bárbaros, esse acontecimento promoveu a divisão político-administrativa do Império fez surgir o Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente.
3.3 - No século III, os latifúndios começaram a ser divididos em pequenas propriedades. Manter escravos às vezes não valia a pena, pois custava toda a produção.

4 - Assim, depois de compreender as permanências romanas na sociedade ocidental da atualidade, é necessário entender como se dava a educação Romana. Então, essa instituição apresentou um papel fundamental na constituição de um exército de organização disciplinar e treinado militarmente, com competências suficientes para a lógica de guerra, ou seja, para a proteção e invasão dos territórios. Como essa educação contribuiu para a expansão do Império? A estrutura militarizada da sociedade romana contribuiu para a formação de maior Império da Antiguidade Clássica, assim a educação militar e o exercito constituíram a base do Império.

Boas Reflexões ...

Um comentário:

Anônimo disse...

aah esse ai to craque já (H),
OKAPODKDPOKAPDKA
e vamos divulgar o bloog, sem correr que nem os loucos olhados pela janela ;B
;*