sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Arte Renascentista


Boa Tarde Galerinha!
Fiquem atentos as atualizações, ao longo do final de semana estarei deixando dicas para a resolução das Avaliações ....
Beijo todos com carinho! Bom Feriadão
Scheyla

Características - Renascimento Cultural

O Renascimento significou uma nova arte, o advento do pensamento científico e uma nova literatura. Nelas estão presentes as seguintes características:
  • Antropocentrismo (o homem no centro): valorização do homem como ser racional. Para os renascentistas o homem era visto como a mais bela e perfeita obra da natureza. Tem capacidade criadora e pode explicar os fenômenos à sua volta.
  • Otimismo: os renascentistas acreditavam no progresso e na capacidade do homem de resolver problemas. Por essa razão apreciavam a beleza do mundo e tentavam captá-la em suas obras de arte.
  • Racionalismo: tentativa de descobrir pela observação e pela experiência as leis que governam o mundo. A razão humana é a base do conhecimento. Isto se contrapunha ao conhecimento baseado na autoridade, na tradição e na inspiração de origem divina que marcou a cultura medieval.
  • Humanismo: o humanista era o indivíduo que traduzia e estudava os textos antigos, principalmente gregos e romanos. Foi dessa inspiração clássica que nasceu a valorização do ser humano. Uma das características desses humanistas era a não especialização. Seus conhecimentos eram abrangentes.
  • Hedonismo: valorização dos prazeres sensoriais. Esta visão se opunha à idéia medieval de associar o pecado aos bens e prazeres materiais.
  • Individualismo: a afirmação do artista como criador individual da obra de arte se deu no Renascimento. O artista renascentista assinava suas obras.
  • Inspiração na antiguidade clássica: os artistas renascentistas procuraram imitar a estética dos antigos gregos e romanos. O próprio termo Renascimento foi cunhado pelos contemporâneos do movimento, que pretendiam estar fazendo re­nascer aquela cultura, desaparecida durante a “Idade das Trevas” (Média).

Antecedentes - Renascimento Cultural

Como já sabemos o período que antecede a intensificação do comércio e da produção artesanal resultou no desenvolvimento das cidades, no surgimento de uma nova classe social a burguesia e na posterior formação das monarquias nacionais. Estas transformações vieram acompanhadas de uma nova visão de mundo, que se manifestou na arte e na cultura de maneira de geral.
  • A cultura medieval era sobretudo caracterizada religiosidade. A Igreja Católica, como vimos, controlava as manifestações culturais e dava uma interpretação religiosa para os fenômenos da natureza, da sociedade e da economia. A esta cultura deu-se o nome de teocêntrica (Deus no centro). A miséria, as tempestades, as pragas, as enchentes, as doenças e as más colheitas eram vistas como castigos de Deus. Assim como a riqueza, a saúde, as boas colheitas, o tempo bom, a fortuna eram bênçãos divinas. A própria posição que o indivíduo ocupava na sociedade (nobre, clérigo ou servo) tinha uma explicação religiosa.
  • A arte medieval, feita normalmente no interior das Igrejas, espelhava esta mentalidade. Pinturas e esculturas não tinham preocupações estéticas e sim pedagógicas: mostrar a miséria do mundo e a grandiosidade de Deus. As figuras eram rústicas, desproporcionais e acanhadas. Os quadros não tinham perspectiva. Como as obras de arte eram de autoria coletiva, o artista medieval é anônimo.
  • A literatura medieval era composta de textos teológicos, biografias de santos e histórias de cavalaria. Isto refletia o domínio da Igreja e da nobreza sobre a sociedade.
    Essa visão de mundo não combinava com a experiência burguesa. Essa nova classe devia a sua posição social e econômica ao seu próprio esforço e não à vontade divina, como o nobre. O sucesso nos negócios dependia da observação, do raciocínio e do cálculo. Características que se opunham às explicações sobrenaturais, próprias da mentalidade medieval. Por outro lado, era uma classe social em ascensão, portanto otimista. Sua concepção de mundo era mais materialista. Queria usufruir na terra o resultado de seus esforços. E também claro que o comerciante burguês era essencialmente individualista. Quase sempre, o seu lucro implicava que outros tivessem prejuízo. A visão de mundo da burguesia estará sintonizada com a renovação cultural ocorrida nos fins da Idade Média e no começo da Idade Moderna. A essa renovação denominamos Renascimento.

domingo, 2 de setembro de 2007

RENASCIMENTO CULTURAL

Atenção "minhas Mentes Ávidas do amanhã" fiquem espertos que logo publicarei nossas reflexões sobre o Movimento Renascentista e para quem não conhecia a figura acima ilustra o Homem Vitruviano, símbolo do antropocentrismo.

Beijinhos Históricos Scheyla

Revisão - SIMULADO!

Continuando a minha insana insistência, é necessário compreender as configurações históricas de constituição do Oriente Médio, pois é fundamental observar o mundo ao qual estamos inseridos, sendo assim, sabemos que ao longo da história a Região do Oriente Médio foi e continua sendo um território disputadíssimo.
  • Para entendermos esses conflitos é preciso saber algumas caracerísticas constitutivas básicas como:
  1. Diferenciar as duas civilizações presentes na região do Oriente Médio anterior à Formação do Império Turco Otomano;
  • Assim, com relação ao Império Bizantino ao longo de sua extensa história (330-1453), o Império Bizantino foi aos poucos mesclando suas raízes latinas com os elementos greco-orientais há muito enraizados naqueles territórios, e foi sob o Governo de Justiano, que o Império conheceu seu apogeu e, sua decadência.
  • E ainda sob a Égide de Justiniano, e sua consequente Expansão pelo Ocidente, que os pilares fundamentais da Igreja Católica entraram em crise, estabelecendo-se então, a divisão da lógica universal Cristã, no Conhecido Cisma do Oriente - Igreja Católica Apostólica Romana e Igreja Ortodoxa Cristã.
  • Sendo a Catedral de Santa Sofia o símbolo máximo do cristianismo ortodoxo, sua arquitetura serviu para contemplar o desenvolvimento das artes no Império Bizantino, reconhecido através da fusão dos elementos Greco-Romanos com os Orientais, caracterizando assim uma arte Greco-Oriental.

2. Beleza?! Mas aqui vem aquela famosa pergunta: Como elementos culturais Greco-Romanos se caracterizaram em elemento latino?! E como chegaram até o Oriente Médio?! E ainda, Por quê é necessário compreender essas questões em Relação ao Renascimento Cultural?!

  • Reflexões levantadas em aula, de certa forma já respoderam a esses questinamentos, mas mesmo assim, gostaria de relembrá-los de um Evento que marca essa troca cultural entre o Ocidente e o Oriente.
2.1 - CRUZADAS: Chamamos de Cruzadas a uma série de expedições cristãs empreendidas contra os muçulmanos, no Oriente Médio. Elas tiveram início em 1095, quando o papa Urbano II anunciou uma expedição a Jerusalém, contra os muçulmanos, com a finalidade de libertar o Santo Sepulcro - o túmulo de Cristo.
  • Em Resumo:

- De 637 até meados do século XI, a Palestina, foi governada pelos muçulmanos, chamados sarracenos ou árabes. Eram permitidas as peregrinações dos cristãos a Jerusalém e aos lugares sagrados.

- Em 1071, a região foi dominada pelos turcos, que massacraram e escravizaram peregrinos.

- Em 1095 o Papa instituiu as Cruzadas e, incitados por Pedro, o Eremita, milhares de camponeses seguiram para a Terra Santa. Contudo, outro exército de 300 mil soldados, sob o comando de príncipes franceses dirigidos por Godofredo de Bulhão, e denominados cruzados porque usavam a insígnia da Cruz, tomaram Jerusalém e criaram ali um reino cristão.

- Em seguida, os muçulmanos reconquistaram parte da região e, depois de falhar uma outra Cruzada, que tentara capturar Damasco, Saladino, o sultão do Egito, expulsou os cristãos de Jerusalém (1187).

- Nova expedição, chefiada pelo imperador da Alemanha e depois por Filipe, rei da França, e Ricardo, Coração de Leão, tomou Acre, mas são conseguiu atingir Jerusalém. Ricardo naufragou e foi aprisionado na Áustria.

- Houve muitas outras Cruzadas, inclusive a das Crianças, no decurso da qual 50 mil meninos morreram ou foram vendidos como escravos antes de chegarem a Jerusalém. Embora não tivessem sido bem sucedidas, as Cruzadas incrementaram o comércio e introduziram novas idéias na Europa, pois os sarracenos eram profundos conhecedores de Matemática, Medicina e Astronomia.

  • OBS: As Cruzadas contribuíram para o renasci­mento do Mediterrâneo como via marítima, utilizada para dar vigor às atividades comerciais das cidades costeiras da Itália, graças aos transportes para o Oriente.Os que pertenciam às Cruzadas e costuravam sobre sua vesti­menta uma cruz de pa­no como sinal de voto de peregrinação a Jerusalém, beneficiavam-se da proteção especial da Igreja em relação a seus bens e a sua pessoa.
3. Já que As Cruzadas possibilitam uma discussão religiosa e em consequencia cultural, gostaria de lembrá-los da relação do Islã com o Orientem Médio, e sobretudo com o Império Árabe.
  • Em Resumo:
- O Islã, criado a partir da pregação religiosa de Maomé no início do século VII, adquiriu claro significado político com a hégira, migração de Maomé e seguidores de Meca para Medina. As relações do Islã com outras religiões e com o Ocidente foram marcadas pela expansão territorial e militar do islamismo da qual a conquista da península ibérica é um exemplo, uma vez que os princípios islâmicos pregam a necessária difusão de suas crenças.
4. Assim, como já compreendemos que essas relações religiosas e sociais estabalecidas a partir das Cruzadas inauguraram um novo momento na Europa Central, que apresenta como principais caracteristicas o Renascimento das Cidades, o ressurgimento do Comércio, o inicio de uma prática econômica capitalista, produziram também condições sociais excludentes quando relacionadas com as condições cotidianas presente ao final da Idade Média, podemos citar: A Peste Negra; as Revoltas Camponesas; Grande Fome.
  • Os fatores que desencadearam a grande crise do século XIV foram vários, dentre os quais devemos destacar aqueles que, na opinião de muitos historiadores, compõem a chamada "triologia" da crise feudal: a fome, a peste e as guerras.
  1. Em relação à fome, é preciso ressaltar que a estagnação das técnicas agrícolas somada ao crescimento demográfico gerou um desequilíbrio entre a produção e o consumo. A falta de alimentos fez com que o solo fosse mais utilizado, comprometendo ainda mais sua produtividade e agravando a escassez de alimentos. Ou seja, em virtude do uso constante, a terra perde sua qualidade, causando o empobrecimento cada vez maior da atividade agrícola. A esse quadro de saturação da economia agrícola, alguns historiadores acrescem fatores de natureza geográfica para apontar as razões que desencadearam a grande fome do século XIV. Acredita-se que, nesse período, houve uma repentina mudança no clima europeu, que o tornou mais úmido e frio, dificultando o trabalho e a produção agrícola. Além desses aspectos, o historiador Phillippe Wolf acrescenta ainda que: “O problema de subsistência na Europa é explicado pelas más condições de armazenagem que provocavam perdas consideráveis, por apodrecimento do trigo, por extensão de diversas doenças que o tornavam impróprio ao consumo e, finalmente, pelos hábitos alimentares demasiado uniformes (o milho, por exemplo, ainda não era conhecido, nem tampouco a batata, que mais tarde terão um papel importante na alimentação). Uma colheita fraca bastava para ameaçar o equilíbrio entre a oferta e a procura; duas seguidas inevitavelmente provocavam a fome".
  1. Em Relação Peste Negra: Um dos maiores erros na história é tentar analisar um determinado fenômeno com os olhos do presente. Na imensa maioria das vezes, só conseguiremos compreender um determinado fato através de uma análise que leve em consideração todo o conjunto de aspectos que caracterizam a época em que o mesmo aconteceu. Devemos olhar para o passado com os olhos dos homens de seu tempo. O homem medieval via a peste como um castigo divino. Entretanto, se analisarmos todos os dados referentes à habitação, higiene, alimentação e saúde, veremos que o caráter pandêmico da praga derivou da precariedade de todos estes aspectos, e de sua homogeneidade mais ou menos acentuada em todo o território europeu. A "morte negra" provavelmente não teria ocorrido se as condições de moradia ou higiene fossem outras, pelo menos não na extensão que ocorreu. Durante o apogeu do Império Romano, havia cidades muito maiores, mas as condições de habitação e saúde eram muito superiores. A peste foi um fenômeno característico de um mundo em mutação. Foi o alto preço pago por um continente que começava a se abrir para o resto do mundo através do aumento das relações comerciais, mas que ainda vivia em um ambiente concebido para uma vida isolada e auto-suficiente. Sob este aspecto, a praga teve um lado positivo, ao obrigar o homem ocidental a mudar a sua forma de se relacionar com o meio ambiente, ensinado-o o valor do planejamento urbano e da higiene, além de expor a fragilidade da ciência médica medieval.
  1. Em Relação as Revoltas Camponesas: Dentre os movimentos de maior repercussão, devemos destacar a sublevação camponesa de Wat Tyler (Inglaterra - 1381). A grande rebelião teve sua origem a partir de um pequeno protesto contra a cobrança de impostos, mas logo se converteu em uma grande campanha contra os senhores feudais. A cobrança de impostos junto aos camponeses, na Inglaterra desse período, tornou-se realmente insustentável. Com a grande epidemia da Peste Negra, o lucro dos aristocratas diminuiu. Por essa razão, começaram a exigir mais dos camponeses sobreviventes, inclusive aumentando o pagamento de impostos.
    Milhares de camponeses se rebelaram, invadindo os castelos, roubando bens e queimando documentos nos quais estavam registrados seus encargos. Entretanto, o movimento camponês de Wat Tyler não teve destino muito diferente do das outras manifestações populares ocorridas nesse período. Ou seja, seus adeptos sofreram violenta repressão, e seus líderes foram executados pelos poderosos exércitos organizados pelos senhores feudais.
  • Enfim, de alguma forma fizemos uma passagem superficial pela Idade Média ... Boas Reflexões a Todos ... Beijos Históricos Scheyla