sábado, 4 de agosto de 2007

Revisão ....

Bom dia mentes ávidas do amanhã, gostaria de lembrá-los da nossa avaliação do dia 08/08/2007, os conteúdos estão nos capítulos 13 e 14 do Livro, contudo me encarreguei de fazer uma revisão para que a fixação dos conteúdos seja mais eficiente ...
Então sejam bem vindos ao complexo Mundo Medieval ...
Sabemos que para compreender os processos expansionista que marcam a história do Reino Franco, do Império Bizantino e do Império Árabe, faz-se necessário retomarmos à Queda do Império Romano, nesse contexto é que podemos entender a constituíção das Lógicas Medievais, sendo uma Ocidental com suas características peculiares e a Orientais com suas especificidades.
  • Sobre a Queda do Império Romano podemos afirmar que o principal elemento de colapso desse sistema se originou com a Invasão dos povos Bárbaros a partir do século IV d.C, reforçando o regime de colonato que acabou por se transformar no feudalismo.
1. Para estabelecer as relações entre as invasões bárbaras e o surgimento do feudalismo, é necessário partir das informações que estão inseridas nesse processo histórico. Nesse sentido, podemos mencionar, por exemplo, o êxodo urbano e a ruralização da sociedade, a descentralização e a fragmentação do poder político, o fortalecimento dos laços de dependência pessoal ou a privatização da defesa militar como traços da sociedade feudal que se relacionam com as invasões da Alta Idade Média.
2. Mas a Invasão dos Bárbaros carcaterizou o fim das construções culturais, políticas e sociais Romanas?! Será que podemos afirmar que não ocorreram permanencias?! Ou ainda, como ficaram as instituções romanas?! Para respondermos esses questionamentos é preciso a percepção do feudalismo como um processo histórico, na medida em que a questão enfatiza o que permanece do Império Romano com relação a formação do sistema feudal na Europa medieval. Assim, as instituições do período romano que contribuíram para a formação do feudalismo, temos como exemplos: as vilas (grandes propriedades rurais auto-suficientes), o
colonato (sistema de trabalho que criava uma relação de dependência entre um trabalhador e um senhor de terras), a Igreja (responsável pela preservação e transmissão de parte da cultura romana aos novos reinos germânicos).

Os apontamentos acima já são nossos velhos conhecidos. Ok?! Contudo, é necessário estabelecer relações com a Alta Idade Média pois a história não se comporta de forma fragmentanda, mas é elaborada dentro de parâmetros processuais que enfatizam as continuidades e as rupturas, nessa perspectiva já podemos elencar as principais configurações da Baixa Idade Média.

  • Sobre as Cruzadas

1. As Cruzadas são tradicionalmente definidas como expedições de caráter "militar" organizadas pela Igreja, para combaterem os inimigos do cristianismo e libertarem a Terra Santa (Jerusalém) das mãos desses infiéis. O movimento estendeu-se desde os fins do século XI até meados do século XIII.

Partindo da afirmativa acima a compreensão dos olhares divergentes sobre a Terra Santa e sobre os Infiéis, sendo eles "do lado" Ocidental como do Oriental, assim podemos indentificar a lógica cultural do movimento Cruzadista. Uma das principais acusações feitas pelos Árabes aos Cristãos, e dos Cristãos para os Árabes estavam alicersadas nos mesmos princípios, ou seja, acusavam uns aos outros da mesma coisa, bárbaros fanáticos e assassinos, cada um baseado no seu mundo.

2. O Movimento Cruzadista foi carcterizado como um fracasso militar, contudo apresentou elementos de transformações na sociedade medieval Ocidental, pois contribuiu para a reabertura do comércio entre o Ocidente e o Oriente, que permitiu o Ressurgimento das Cidades e do Comérico, promovendo o retorno da moeda como elemento de troca comercial, caracterizando o início do sistema Capitalista.
3. Sabemos que a Península Ibérica sofreu por vários séculos sucessivas invasões, primeiro dos Mouros e depois dos Turcos até cuminar nas Guerras de Reconquistas.

a - Lembrando da defesa feudal, podemos remontar à organização da Nobreza de Cavalaria que na Espanha desempenhou um papel peculiar, atuando na retomada do territórios, no qual os cavaleiros tiveram importante atuação: a Guerra de Reconquista. O episódio também poderia ser denominado de forma mais ampla a partir das expressões: a luta contra os
mouros; a luta contra os árabes; ou ainda, as Cruzadas.
b - Após as sucessivas invasões e lutas de reconquistas a Espanha iniciou um processo de transformações que foi marcado pelo fortalecimento dos Estado Nacionais, a decadência dos Cavaleiros feudais, que foram substituito pelo Exército Real, na vida econômica podemos citar o desenvolvimento do comércio, das cidades e da burguesia mercantil, a expansão ultramarina a transição do feudalismo para o capitalismo, ou decadência da nobreza feudal; o arrefecimento do poder da Igreja.
  • Sobre as Cidades Medievais

1. O mundo medieval enfrentou o desafio de fundir a cultura dos invasores bárbaros com a herança clássica dos romanos e com os ensinamentos da religião cristã. As cidades medievais tinham origem variada e caracteristicamente consistiam de um amontoado de edifícios num labirinto de ruas estreitas, construídos aleatoriamente, sem planejamento deliberado. Umas se desenvolveram de antigas colônias romanas, outras se ergueram nos vaus de rios ou em importantes rotas comerciais. Outras floresceram em torno de sés episcopais fortificadas, ou de castelos de senhores feudais, poderosos o suficiente para protegê-las contra inimigos.

2. Organização política e Social da Cidade Medieval

a - Na lógica Cidade/Comércio e surgimento da camada social conhecida com Burguesia, houve a necessidade da criação de uma organização que fiscaliza-se o comércio, essa organização com nome de Corporações de Ofício, que tinha como objetivos: Típico das cidades medievais, as corporações de ofício (associações, grêmios que reuniam profissionais artesãos de um mesmo ofício, tendo como principal objetivo, monopolizar a produção, evitando a concorrência). Entre outros objetivos das corporações de ofício: determina a quantidade da produção e regulamentar preços e salários (começa a dar lugar a relações capitalistas de produção). Fiscalizavam a qualidade dos produtos, guardavam os segredos da profissão. Prestavam uma assistência social aos seus membros. (velhos, inválidos, viúvas e filhos). Colaboravam com a Igreja nos momentos de festas.

b - Entre as organizações das cidades medievais podemos ainda citar as Guildas e a Liga Hanseática, que tinham como objetivo atender as necessidade de uma nova estrutura econômica nascente na Europa.

Liga Hanseática: União comercial de cidades do norte da Alemanha e do Báltico, que visava
a segurança e a expansão do comércio, nasceu a partir da reabertura do comércio com o Oriente, o desenvolvimento dos burgos e do sistema monetário (base do sistema capitalista).
“Liga Hanseática”, título da mais importante corporação de mercadores da Idade Média, corporação que associou cidades da Alemanha e do mar Báltico. Apesar de sua singularidade, essa denominação é invariavelmente mencionada nos textos didáticos quando exemplificam as corporações de mercadores medievais e explicitam a trajetória do renascimento comercial e urbano europeu, assim como a formação das monarquias nacionais e do capitalismo.O significado dessa expressão (uma união de cidades comerciais visando a segurança e expansão do comércio existente entre elas).

Relembrando os aspectos da Baixa Idade Média são caracteristas de trasnformações: o renascimento comercial e urbano europeu, dentro desse conteúdo, a formação dos burgos e da burguesia mercantil; a expansão das feiras, das rotas comerciais, das guildas e das corporações de ofício; e a decadência do sistema feudal, o fim das invasões bárbaras; as Cruzadas; as transformações internas do feudalismo; a implantação de novas técnicas agrícolas; a fuga dos servos para as cidades e o crescimento demográfico, são elemento que legitimam, ou ainda justificam o Renascimento Urbano a partir do século XI.

c - A partir do ano mil, ocorreu um intenso desenvolvimento urbano na Europa Ocidental, assim, a organização do espaço urbano na Baixa Idade Média, carcterizam-se, sobretudo, por centros econômicos onde se desenvolveram a especialização de funções e a divisão social do trabalho. Tendo como atividades principais o artesanato e o comércio.

d - Cidade como sinônimo de Liberdade

O conceito de Liberdade é em si, uma relação complexa de entendimento que só faz sentido a partir da contrução de um contexto histórico ao qual está inserido. Assim, para pensarmos as Cidades Medievais como um símbolo de liberdade, é necessário refletir sobre as condições das sociedades feudais, ou seja, de seu período de ruralização, ao qual estava circunscrito de obrigações da relação feudo-vassálica (Corvéia, Banalidade, Censo, Mão-morta, etc.), nesse sentido podemos afirmar que a relação de Liberdade das cidades medievais está liga as Carta de Franquias (O movimento de emancipação das cidades visava à busca da independência em relação aos feudos, através das cartas de franquia, o movimento se deu de duas formas: Pacífica: negociação entre população citadina e nobreza feudal, liberada a carta de franquia em troca de taxas pagas em dinheiro. Lutas: movimento comunal, cidades que tiveram que lutar para conseguir as cartas de franquia, tal motivo foi apoiado pelos reis.) Assim uma das práticas que testemunhavam as liberdades nas cidades medievais estão: a liberdade de ir e vir; a ausência de taxas como talha e corvéia e o fato de as cidades, por um lado, possuírem leis próprias que não comportavam a servidão, as obrigações feudais e as arbitrariedades do senhor feudal e, por outro, permitirem maior segurança, estabilidade e proteção das guildas para os seus habitantes.

e - Sobre as características arquitetônicas medievais podemos destacar na Baixa Idade Média o estilo Gótico (estilo gótico é caracterizado pelo arco de ogiva. Este estilo apareceu na França nos fins do século XII e expandiu-se pela Europa Ocidental, mantendo-se até a Renascença, ou seja, até o século XIV, na Itália, e até o século XVI ao norte dos Alpes), esse estilo marca na Idade Média a estética dos Castelos e das Igreja, assim como a Catedral de Lages que é Arquitetura de estilo Gótico. O castelo, ligado ao senhor feudal, representa o topo da hierarquia medieval, enquanto a igreja representa o clero, ordenador ideológico-cultural do período.

  • Crise dos Séculos XIV E XV, ou Desagregação do Sistema Feudal

a -Guerra dos Cem Anos: Agravando ainda mais o complexo quadro de crise feudal, temos o conflito entre a França e Inglaterra, conhecido como a Guerra dos Cem Anos. Durante um longo período(1337-1453), ingleses e franceses disputaram entre si, principalmente, a propriedade de regiões economicamente importantes que interessavam aos dois reinos, originando um conflito acentuado caráter feudal.

b - Joana d' Arc com apenas 17 anos deixou sua aldeia e foi comandar um exército, assumiu a posição de soldado por aproximadamente um ano e seus êxitos militares duraram seis meses, sua contribuíção (Simbólica, Mitológica, ou de fato), contribuiu para nacionalismo emergente, reforçado pelo significado desse feito, foi capitalizado pelos reis da dinastia Valois para consolidar a monarquia francesa;

c - Peste Negra: Epidemia de peste que devastou a Europa em meados do século XIV. Chegou à Europa a partir da China em 1348 e expandiu-se com grande velocidade pela maioria dos países. Seus resultados foram desastrosos, A epidemia cruzava as fronteiras com facilidade, não só entre diferentes países, mas também entre animais e seres humanos. Não há dúvidas sobre o dramático impacto da peste em 1348-1349. Muitos observadores contemporâneos mostraram-se impressionados ante a devastação humana causada pela doença. Posteriormente, calculou-se que, nas áreas mais afetadas da Europa, mais da metade da população pereceu.

d -Grande Fome: com relação à fome, é preciso ressaltar que a estagnação das técnicas agrícolas somada ao crescimento demográfico gerou um enorme desequilíbrio entre a produção e o consumo. A falta de alimentos fez com que o solo fosse mais utilizado, comprometendo ainda mais sua produtividade e agravando a escassez de alimentos. Ou seja, em virtude do uso constante, a terra perde sua qualidade, causando o empobrecimento cada vez maior da atividade agrícola. A esse quadro de saturação da economia agrícola, alguns historiadores acrescem fatores de natureza geográfica para apontar as razões que desencadearam a grande fome do século XIV. Acredita-se que, nesse período, houve uma repentina mudança no clima europeu, que o tornou mais úmido e frio, dificultando o trabalho e a produção agrícola.

  • Sobre o Mundo Medieval Não Europeu

1. Império Bizantino:
•Império Romano do Oriente ou Império Grego.
- Local privilegiado estrategicamente – contatos entre Oriente e Ocidente, rota de comércio.
•Comércio ativo + produção agrícola próspera = riquezas.
•Centralização política: Imperador.
–CESAROPAPISMO: Imperador = chefe do exército + Igreja
–Compilação do Direito Romano a partir do séc. II.
•Decadência:
–séc. VII e VIII – invasões de bárbaros e árabes;
–séc. XI – XIII – alvo das Cruzadas;
–1453 – Conquistados pelos Turcos Otomanos (marco histórico que delimita oficialmente o fim da Idade Média e início da Idade Moderna.

2 - Império Árabe

•Península arábica.
•Deserto predominante.
•Até o séc. VI: divididos em aproximadamente 300 tribos.
–Beduínos – nômades, dedicados a saques, habitavam o deserto.
–Tribos urbanas – habitantes das margens do Mar Vermelho ou ao sul da Península. Dedicavam-se a agricultura e acima de tudo ao comércio. Formaram as principais cidades da região (Meca e Iatreb).
–Comando em ambas: xeques (sheiks)
•Única unidade: religiosa.
•Politicamente fragmentados em vários califados.
•Cultura muçulmana:
–Assimilação de valores de outros povos (hindus, persas, chineses e bizantinos).
–Tradução e conservação de obras clássicas (Aristóteles e Platão).
– Medicina: AVICENA (980 – 1037) – referência mundial até o século XVII com seu compêndio sobre o corpo humano.
– Matemática: números arábicos, zero, avanços em trigonometria e álgebra.
– Física: fundamentos da óptica.
–Química: descrição dos processos de destilação, filtração e sublimação; desenvolvimento do carbonato de sódio, nitrato de prata, ácidos nítrico e sulfúrico e álcool. Todas estas descobertas para tentar criar a “pedra filosofal” e o elixir da longa vida.
–Arquitetura: cúpulas, minaretes, arcos em ferradura, decoração com motivos geométricos e vegetais.

Boas Reflexões e Boa Prova ... Beijinhos Históricos Scheyla




quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Revisão Baixa Idade Média

CARACTERÍSTICAS GERAIS:
•Decadência do feudalismo.
•Estruturação do modo de produção capitalista.
•Transformações básicas:
–auto-suficiência para economia de mercado;
–novo grupo social: burguesia;
–formação das monarquias nacionais.

CRESCIMENTO POPULACIONAL:
•Fim das invasões.
•Maior consumo.
•Excedentes populacionais expulsos dos feudos.
–Retomada das cidades.
–Aumento do comércio.
–Aumento da criminalidade.
•Aperfeiçoamento de técnicas agrícolas.
–Moinho hidráulico, arado de ferro...
•Busca de mais terras para cultivo.


O MOVIMENTO CRUZADISTA (séc. XI – XIII):
•Movimento religioso e militar dos cristãos para retomar a Terra Santa (Jerusalém), em poder dos muçulmanos.
•Acomodação de excedentes populacionais.
•Busca de terras (nobreza).
•Busca de aventura ou enriquecimento (pilhagens).
•Absolvição dos pecados ou cura de enfermidades.
•Interesse comercial (mercadores italianos).
•8 cruzadas oficiais e 3 extra oficiais.
•Fracasso militar.
–Sucesso comercial (reabertura do Mar Mediterrâneo e das rotas de comércio entre o Oriente e o Ocidente).

O RENASCIMENTO COMERCIAL:
•Cidades italianas.
•Surgimento de rotas de comércio ligando o continente europeu.
•Cruzamento de rotas: feiras.
- Champanhe (FRA) e Flandres (BEL).
•Retomada da moeda.
•Atividades de crédito e bancárias.
•Séc. XII – HANSAS ou LIGAS: associações de comerciantes.
- Comércio em grande escala.
- LIGA HANSEÁTICA (ALE) – Mar do Norte

O RENASCIMENTO URBANO:
•Retomada do comércio impulsiona o renascimento urbano.
•Burgos (fortalezas).
•Burgueses: habitantes dos burgos (artesãos e comerciantes).
• Movimento comunal (séc. XI – XIII): libertação das cidades da autoridade dos senhores feudais.
–CARTAS DE FRANQUIA: autonomia.
–Guerras ou indenizações.
•GUILDAS: associações de mercadores (monopólio do comércio local, controle da concorrência estrangeira, regulamentação de preços).
•CORPORAÇÕES DE OFÍCIO: associações de artesãos (monopólio das atividades artesanais, controle da concorrência, regulamentação de preços, estabelecimento de normas de produção, controle de qualidade e assistência aos membros).
•Formação de grupo de grandes comerciantes e artesãos que se sobrepunham aos demais, impondo seu poder econômico.
•Trabalho assalariado.

FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS:
•Aliança entre reis e burgueses.
•Reis: redução de poderes dos nobres e da Igreja.
•Burguesia: unificação de impostos, moeda e sistema de pesos e medidas.
•Nobreza e clero: cargos e pensões concedidos pelo rei.
•A monarquia francesa:
–Capetíngeos (987 – 1328): medidas que fortaleceram o poder real em detrimento da autoridade descentralizadora dos senhores feudais.
*Felipe Augusto (1180 – 1223): exército nacional, conquistas territoriais, controle de subvassalos, concessão de cartas de franquia (maior renda), criação de impostos nacionais.
*Luís IX (1226 – 1270): maior poder para tribunais reais, moeda nacional, engajamento no movimento cruzadista (São Luís).
*Filipe IV, o Belo (1285 – 1314): atritos com a Igreja, convocação dos Estados Gerais, Cativeiro de Avignon (1307 – 1377), CISMA DO OCIDENTE.
–Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453):
*Enfraquecimento da nobreza.
8Nacionalismo francês.
*Consolidação do poder real.
•A monarquia inglesa:
–Enfraquecimento da nobreza.
–Guerra dos Cem Anos.
–Guerra das 2 Rosas (1455 – 1485): YORK X LANCASTER
–Henrique VII – centralização monárquica.
•As monarquias Ibéricas:
–Guerra de Reconquista (espírito cruzadista).
–ESP: Reis Católicos: Fernando (Aragão) e Isabel (Castela).
–POR:
*Dinastia de Borgonha – Reconquista
*Dinastia de Avis (1385) – Estado Nacional com aliança da burguesia.

A CRISE DOS SÉCULOS XIV E XV:
•Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453):
–FRA* X ING
–Sucessão do trono francês
–Filipe VI (Dinastia Valois – FRA) X Eduardo III (ING)
–Controle de Flandres (comércio de tecidos)
–1ª fase – vantagem da ING
–Carlos V (FRA) – recuperação parcial francesa
–Disputa interna pelo poder na FRA: Armagnacs* X Borghinhões
–ING + Borguinhões: controle de quase metade da FRA.
–Recuperação francesa: Joana D’Arc + Carlos VII
–Centralização política da FRA.
•Peste Negra (1347 – 1350):
–Peste bubônica.
–Morte de 1/3 dos europeus (25 milhões).
–Enfraquecimento dos nobres.

Lembrem-se, vocês devem utilizar o poder de interpretação!
Esse é o grande desafio dessa avaliação ...
Beijinhos Históricos Scheyla

Revisão - Império Árabe

2 – O IMPÉRIO ÁRABE:
•Península arábica.
•Deserto predominante.
•Até o séc. VI: divididos em aproximadamente 300 tribos.
–Beduínos – nômades, dedicados a saques, habitavam o deserto.
–Tribos urbanas – habitantes das margens do Mar Vermelho ou ao sul da Península. Dedicavam-se a agricultura e acima de tudo ao comércio. Formaram as principais cidades da região (Meca e Iatreb).
–Comando em ambas: xeques (sheiks)
•Meca: centro comercial e religioso.
–Caaba (cubo) – santuário e depósito de imagens de deuses politeístas das diferentes tribos.
–Administrada pela tribo dos coraixitas.

•MAOMÉ (570 – 632) – membro do ramo pobre dos coraixitas.
–Profeta que segue a linhagem de Noé, Abraão, Moisés e Jesus.
•610 – REVELAÇÃO: “Só há um Deus que é Alá, e Maomé é seu profeta”.
–Oposição dos administradores coraixitas de Meca.
–Repressão aos seguidores de Maomé.
•622 – HÉGIRA: fuga de Maomé e seus seguidores para Iatreb (posteriormente conhecida como Medina – a cidade do profeta).
–Início do calendário muçulmano.
–População local é convertida.
–Proclamação da primeira Jihad (esforço coletivo).

•630 – Retorno a Meca com exército de populações convertidas.
–Destruição de divindades politeístas da Caaba.
–Anistia a antigos opositores.
–Península Arábica é completamente convertida ao islamismo.
•632 – Maomé morre.
–Califas continuam expansão do islamismo.
–1º Califa: ABU BAKR – sogro de Maomé.
–Motivações: crescimento populacional + busca de terras.
–Justificativa ideológica: Jihad.
–Amplas conquistas territoriais: Norte da África, Península Ibérica, Império Persa até parte da Índia, Império Bizantino.
•Séc. XIII – território comparável ao do Império Romano.

•Livro sagrado: AL CORÃO.
•SUNA: livro de ditos e atos de Maomé.
•Divisão entre muçulmanos:
–Após o 4º califa: ALI ABU TALIB (genro e primo de Maomé);
–MAOWIYA (Síria) – apoio da maioria – Sunitas (Suna + Al Corão);
–HASSAN e HUSSEIN – filhos de ALI – apoio da minoria – Xiitas (Al Corão);
–Ambos assassinados. Hassan (669) e Hussein (680). Este último em Karbala (atual Iraque), um dos principais centros xiitas do mundo.

•Única unidade: religiosa.
•Politicamente fragmentados em vários califados.
•Cultura muçulmana:
–Assimilação de valores de outros povos (hindus, persas, chineses e bizantinos).
–Tradução e conservação de obras clássicas (Aristóteles e Platão).

– Medicina: AVICENA (980 – 1037) – referência mundial até o século XVII com seu compêndio sobre o corpo humano.
– Matemática: números arábicos, zero, avanços em trigonometria e álgebra.
– Física: fundamentos da óptica.

–Química: descrição dos processos de destilação, filtração e sublimação; desenvolvimento do carbonato de sódio, nitrato de prata, ácidos nítrico e sulfúrico e álcool. Todas estas descobertas para tentar criar a “pedra filosofal” e o elixir da longa vida.
–Arquitetura: cúpulas, minaretes, arcos em ferradura, decoração com motivos geométricos e vegetais.

Boas Reflexões ...

Revisão - Império Bizantino

Gostaria de relembrá-los de minhas falas incisivas em sala de aula sobre a Lógica Medieval, então lembrem-se, que existe uma lógica Oriental que iremos estudar a partir de alguns elementos expostos nesse Blog ... E ainda essa reflexão é fundamental para a compreensão da contemporaneidade do Oriente Médio, ressaltando que a formação do Império Turco Otomano é a chave para a compreensão da configuração atual no Oriente Médio.

Vamos aos elementos Medievais, Sejam Bem Vindos ao Mundo Árabe:

1 – O IMPÉRIO BIZANTINO:
•Império Romano do Oriente ou Império Grego.
•Constantinopla – capital.
–Antiga Bizâncio, hoje Istambul (TUR).
–Local privilegiado estrategicamente – contatos entre Oriente e Ocidente, rota de comércio.
•Comércio ativo + produção agrícola próspera = riquezas.
•Resistência às invasões bárbaras.
•Centralização política: Imperador.
–CESAROPAPISMO: Imperador = chefe do exército + Igreja

•JUSTINIANO (527 – 565) – auge do Império.
–Conquistas territoriais.
Península Itálica + Península Ibérica + Norte da África.
–Compilação do Direito Romano a partir do séc. II.
CORPUS JURIS CÍVILIS
* Poderes ilimitados ao imperador.
* Privilégios para a Igreja e para a nobreza.
* Marginalização de colonos e escravos.
–Burocracia centralizada + gastos militares + impostos.
Revoltas populares (Sedição de Nike)

•Influência de valores orientais.
•Grego – língua a partir do séc. VII.
•Surgimento de heresias:
–MONOFISISTAS – negação da santíssima trindade (Cristo apenas com natureza divina);
–ICONOCLASTAS – destruição de imagens (ícones).
•1054: CISMA DO ORIENTE:
–Igreja Cristã Ortodoxa (Patriarca de Constantinopla);
–Igreja Católica Apostólica Romana (Papa).

•Decadência:
–séc. VII e VIII – invasões de bárbaros e árabes;
–séc. XI – XIII – alvo das Cruzadas;
–1453 – Conquistados pelos Turcos Otomanos (marco histórico que delimita oficialmente o fim da Idade Média e início da Idade Moderna.