domingo, 2 de setembro de 2007

Revisão - SIMULADO!

Continuando a minha insana insistência, é necessário compreender as configurações históricas de constituição do Oriente Médio, pois é fundamental observar o mundo ao qual estamos inseridos, sendo assim, sabemos que ao longo da história a Região do Oriente Médio foi e continua sendo um território disputadíssimo.
  • Para entendermos esses conflitos é preciso saber algumas caracerísticas constitutivas básicas como:
  1. Diferenciar as duas civilizações presentes na região do Oriente Médio anterior à Formação do Império Turco Otomano;
  • Assim, com relação ao Império Bizantino ao longo de sua extensa história (330-1453), o Império Bizantino foi aos poucos mesclando suas raízes latinas com os elementos greco-orientais há muito enraizados naqueles territórios, e foi sob o Governo de Justiano, que o Império conheceu seu apogeu e, sua decadência.
  • E ainda sob a Égide de Justiniano, e sua consequente Expansão pelo Ocidente, que os pilares fundamentais da Igreja Católica entraram em crise, estabelecendo-se então, a divisão da lógica universal Cristã, no Conhecido Cisma do Oriente - Igreja Católica Apostólica Romana e Igreja Ortodoxa Cristã.
  • Sendo a Catedral de Santa Sofia o símbolo máximo do cristianismo ortodoxo, sua arquitetura serviu para contemplar o desenvolvimento das artes no Império Bizantino, reconhecido através da fusão dos elementos Greco-Romanos com os Orientais, caracterizando assim uma arte Greco-Oriental.

2. Beleza?! Mas aqui vem aquela famosa pergunta: Como elementos culturais Greco-Romanos se caracterizaram em elemento latino?! E como chegaram até o Oriente Médio?! E ainda, Por quê é necessário compreender essas questões em Relação ao Renascimento Cultural?!

  • Reflexões levantadas em aula, de certa forma já respoderam a esses questinamentos, mas mesmo assim, gostaria de relembrá-los de um Evento que marca essa troca cultural entre o Ocidente e o Oriente.
2.1 - CRUZADAS: Chamamos de Cruzadas a uma série de expedições cristãs empreendidas contra os muçulmanos, no Oriente Médio. Elas tiveram início em 1095, quando o papa Urbano II anunciou uma expedição a Jerusalém, contra os muçulmanos, com a finalidade de libertar o Santo Sepulcro - o túmulo de Cristo.
  • Em Resumo:

- De 637 até meados do século XI, a Palestina, foi governada pelos muçulmanos, chamados sarracenos ou árabes. Eram permitidas as peregrinações dos cristãos a Jerusalém e aos lugares sagrados.

- Em 1071, a região foi dominada pelos turcos, que massacraram e escravizaram peregrinos.

- Em 1095 o Papa instituiu as Cruzadas e, incitados por Pedro, o Eremita, milhares de camponeses seguiram para a Terra Santa. Contudo, outro exército de 300 mil soldados, sob o comando de príncipes franceses dirigidos por Godofredo de Bulhão, e denominados cruzados porque usavam a insígnia da Cruz, tomaram Jerusalém e criaram ali um reino cristão.

- Em seguida, os muçulmanos reconquistaram parte da região e, depois de falhar uma outra Cruzada, que tentara capturar Damasco, Saladino, o sultão do Egito, expulsou os cristãos de Jerusalém (1187).

- Nova expedição, chefiada pelo imperador da Alemanha e depois por Filipe, rei da França, e Ricardo, Coração de Leão, tomou Acre, mas são conseguiu atingir Jerusalém. Ricardo naufragou e foi aprisionado na Áustria.

- Houve muitas outras Cruzadas, inclusive a das Crianças, no decurso da qual 50 mil meninos morreram ou foram vendidos como escravos antes de chegarem a Jerusalém. Embora não tivessem sido bem sucedidas, as Cruzadas incrementaram o comércio e introduziram novas idéias na Europa, pois os sarracenos eram profundos conhecedores de Matemática, Medicina e Astronomia.

  • OBS: As Cruzadas contribuíram para o renasci­mento do Mediterrâneo como via marítima, utilizada para dar vigor às atividades comerciais das cidades costeiras da Itália, graças aos transportes para o Oriente.Os que pertenciam às Cruzadas e costuravam sobre sua vesti­menta uma cruz de pa­no como sinal de voto de peregrinação a Jerusalém, beneficiavam-se da proteção especial da Igreja em relação a seus bens e a sua pessoa.
3. Já que As Cruzadas possibilitam uma discussão religiosa e em consequencia cultural, gostaria de lembrá-los da relação do Islã com o Orientem Médio, e sobretudo com o Império Árabe.
  • Em Resumo:
- O Islã, criado a partir da pregação religiosa de Maomé no início do século VII, adquiriu claro significado político com a hégira, migração de Maomé e seguidores de Meca para Medina. As relações do Islã com outras religiões e com o Ocidente foram marcadas pela expansão territorial e militar do islamismo da qual a conquista da península ibérica é um exemplo, uma vez que os princípios islâmicos pregam a necessária difusão de suas crenças.
4. Assim, como já compreendemos que essas relações religiosas e sociais estabalecidas a partir das Cruzadas inauguraram um novo momento na Europa Central, que apresenta como principais caracteristicas o Renascimento das Cidades, o ressurgimento do Comércio, o inicio de uma prática econômica capitalista, produziram também condições sociais excludentes quando relacionadas com as condições cotidianas presente ao final da Idade Média, podemos citar: A Peste Negra; as Revoltas Camponesas; Grande Fome.
  • Os fatores que desencadearam a grande crise do século XIV foram vários, dentre os quais devemos destacar aqueles que, na opinião de muitos historiadores, compõem a chamada "triologia" da crise feudal: a fome, a peste e as guerras.
  1. Em relação à fome, é preciso ressaltar que a estagnação das técnicas agrícolas somada ao crescimento demográfico gerou um desequilíbrio entre a produção e o consumo. A falta de alimentos fez com que o solo fosse mais utilizado, comprometendo ainda mais sua produtividade e agravando a escassez de alimentos. Ou seja, em virtude do uso constante, a terra perde sua qualidade, causando o empobrecimento cada vez maior da atividade agrícola. A esse quadro de saturação da economia agrícola, alguns historiadores acrescem fatores de natureza geográfica para apontar as razões que desencadearam a grande fome do século XIV. Acredita-se que, nesse período, houve uma repentina mudança no clima europeu, que o tornou mais úmido e frio, dificultando o trabalho e a produção agrícola. Além desses aspectos, o historiador Phillippe Wolf acrescenta ainda que: “O problema de subsistência na Europa é explicado pelas más condições de armazenagem que provocavam perdas consideráveis, por apodrecimento do trigo, por extensão de diversas doenças que o tornavam impróprio ao consumo e, finalmente, pelos hábitos alimentares demasiado uniformes (o milho, por exemplo, ainda não era conhecido, nem tampouco a batata, que mais tarde terão um papel importante na alimentação). Uma colheita fraca bastava para ameaçar o equilíbrio entre a oferta e a procura; duas seguidas inevitavelmente provocavam a fome".
  1. Em Relação Peste Negra: Um dos maiores erros na história é tentar analisar um determinado fenômeno com os olhos do presente. Na imensa maioria das vezes, só conseguiremos compreender um determinado fato através de uma análise que leve em consideração todo o conjunto de aspectos que caracterizam a época em que o mesmo aconteceu. Devemos olhar para o passado com os olhos dos homens de seu tempo. O homem medieval via a peste como um castigo divino. Entretanto, se analisarmos todos os dados referentes à habitação, higiene, alimentação e saúde, veremos que o caráter pandêmico da praga derivou da precariedade de todos estes aspectos, e de sua homogeneidade mais ou menos acentuada em todo o território europeu. A "morte negra" provavelmente não teria ocorrido se as condições de moradia ou higiene fossem outras, pelo menos não na extensão que ocorreu. Durante o apogeu do Império Romano, havia cidades muito maiores, mas as condições de habitação e saúde eram muito superiores. A peste foi um fenômeno característico de um mundo em mutação. Foi o alto preço pago por um continente que começava a se abrir para o resto do mundo através do aumento das relações comerciais, mas que ainda vivia em um ambiente concebido para uma vida isolada e auto-suficiente. Sob este aspecto, a praga teve um lado positivo, ao obrigar o homem ocidental a mudar a sua forma de se relacionar com o meio ambiente, ensinado-o o valor do planejamento urbano e da higiene, além de expor a fragilidade da ciência médica medieval.
  1. Em Relação as Revoltas Camponesas: Dentre os movimentos de maior repercussão, devemos destacar a sublevação camponesa de Wat Tyler (Inglaterra - 1381). A grande rebelião teve sua origem a partir de um pequeno protesto contra a cobrança de impostos, mas logo se converteu em uma grande campanha contra os senhores feudais. A cobrança de impostos junto aos camponeses, na Inglaterra desse período, tornou-se realmente insustentável. Com a grande epidemia da Peste Negra, o lucro dos aristocratas diminuiu. Por essa razão, começaram a exigir mais dos camponeses sobreviventes, inclusive aumentando o pagamento de impostos.
    Milhares de camponeses se rebelaram, invadindo os castelos, roubando bens e queimando documentos nos quais estavam registrados seus encargos. Entretanto, o movimento camponês de Wat Tyler não teve destino muito diferente do das outras manifestações populares ocorridas nesse período. Ou seja, seus adeptos sofreram violenta repressão, e seus líderes foram executados pelos poderosos exércitos organizados pelos senhores feudais.
  • Enfim, de alguma forma fizemos uma passagem superficial pela Idade Média ... Boas Reflexões a Todos ... Beijos Históricos Scheyla

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