quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Absolutismo

ABSOLUTISMO
Podemos definir o Absolutismo como um sistema político e
administrativo que prevaleceu nos países da Europa, na época do Antigo
Regime (século XV ao XVIII). No final da Idade Média (séculos XIV e XV),
ocorreu uma forte centralização política nas mãos dos reis. A burguesia
comercial ajudou muito nesse processo, pois interessava a ela um governo
forte e capaz de organizar a sociedade. Portanto, a burguesia forneceu apoio
político e financeiro aos reis que, em troca, criaram um sistema
administrativo eficiente, unificando moedas e impostos e melhorando a
segurança dentro de seus reinos.
Nesta época, o rei concentrava praticamente todos os poderes.
Instituía leis sem autorização ou aprovação política da sociedade. Criava
impostos, taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos.
Agia em assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a controlar o clero em
algumas regiões.
Todos os luxos e gastos da corte eram mantidos pelos impostos e
taxas pagos, principalmente, pela população mais pobre. Esta tinha pouco
poder político para exigir ou negociar. Os reis usavam a força e a violência
de seus exércitos para reprimir, prender ou até mesmo matar qualquer
pessoa que fosse contrária aos interesses ou leis definidas pelos monarcas.
Exemplos de alguns reis desse período:
• Henrique VIII – Dinastia Tudor: governou a Inglaterra no século
XVII.
• Elizabeth I – Dinastia Tudor: rainha da Inglaterra no século XVII.
• Luis XIV – Dinastia dos Bourbons: conhecido como Rei Sol, governou a
França entre 1643 e 1715.
• Fernando e Isabel - governaram a Espanha no século XVI.
Teóricos do Absolutismo
Muitos filósofos desta época desenvolveram teorias e chegaram até
mesmo a escrever livros defendendo o poder dos monarcas europeus.
Seguem alguns exemplos:
• Jacques Bossuet: para esse filósofo francês, o rei era o
representante de Deus na Terra. Portanto, todos deveriam
obedecer a ele, sem contestar suas atitudes.
• Nicolau Maquiavel: escreveu um livro, "O Príncipe", no qual
defendia o poder dos reis. De acordo com as idéias desse livro, o
governante poderia fazer qualquer coisa em seu território para
conseguir a ordem. Segundo o pensador, o rei poderia usar até
mesmo a violência para atingir seus objetivos. É desse teórico a
famosa frase: "Os fins justificam os meios."
• Thomas Hobbes: esse pensador inglês, autor do livro "O Leviatã",
defendia a idéia de que o rei salvou a civilização da barbárie e,
portanto, através de um contrato social, a população deveria ceder
ao Estado todos os poderes.

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