domingo, 9 de setembro de 2007

Mecenato


Os burgueses que haviam conquistado suas riquezas com a exploração do comércio e das atividades bancárias, os nobres que ainda conservavam fortuna ou os reis praticavam o mecenato. Tratava-se da ajuda financeira a artistas e intelectuais para que esses pudessem desenvolver seus trabalhos sem a necessidade de realizar outra tarefa que garantisse sua subsistência. O mecenas era, em geral, um adepto da nova forma de pensar e um apreciador das artes, mas muitos mecenas queriam apenas ganhar prestígio social.
A impressão de livros a partir da invenção de Gutenberg

Na Europa, durante a Idade Média, os livros eram co­piados à mão. O trabalho dos copistas era lento e a qualidade não era boa. Em 1450, o alemão Johannes Gutenberg criou a impressão mecânica, utilizando tipos móveis de metal. A nova técnica tornou inúmeras vezes mais veloz a reprodução de livros. A invenção de Gutenberg permitiu atender à crescente demanda por conhecimento. Mas não devemos nos iludir: o livro não se tornou popular, ao contrário, era ainda muito caro, inacessível para as camadas pobres da população.

Um movimento elitista

Esta é uma das questões fundamentais na análise do Renascimento: o seu caráter elitista. Tratou-se de um movimento intelectual e artístico cujas obras estavam ao alcance apenas de pessoas muito ricas. As pessoas que podiam se dedicar somente a estudar grego e latim ou a aprender técnicas de pintura não trabalhavam. Ou eram muito ricas ou eram financiadas por alguém muito rico.
O estudo pressupunha que a pessoa fosse alfabetizada, pré-requisito também inacessível à população pobre. Possivelmente, uma grande parcela da população que foi contemporânea dos renascentistas jamais tenha tocado na capa de um livro.

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